Saiba quais os desafios da TI hospitalar e o que fazer para superá-los
TI hospitalar: quais são os principais desafios enfrentados por quem trabalha nesse segmento? Com a pandemia de Coronavírus, mais atenção foi dada a pontos que antes sofriam certa negligência na área de saúde, como a importância de uma TI forte.
As aplicações de Contact Tracing, por exemplo, utilizadas por países como a Nova Zelândia para coibir o avanço do vírus, são resultados de investimentos de anos em TI e capazes de salvar vidas.
Ao longo do artigo, você confere um panorama da TI hospitalar no Brasil, observando os principais problemas para os quais há soluções tecnológicas disponíveis, mesmo que ainda não estejam implementadas na maioria das organizações. Ficou curioso? Continue a leitura e aprenda!
Tecnologia da informação no ambiente hospitalar
Durante muito tempo, falar de tecnologia da informação no ambiente hospitalar era necessariamente falar de manutenção e problemas técnicos. É que, principalmente no Brasil, essa sempre foi a função ligada à TI nos hospitais: corrigir bugs e garantir que os profissionais trabalhem tranquilamente usando sistemas instalados em computadores.
Todavia, mesmo antes da pandemia de Covid-19, a ideia já estava ficando ultrapassada. A partir de avanços de ponta, como Inteligência Artificial e Big Data, começou uma corrida de informatização da indústria hospitalar. Nos últimos anos, vimos cada vez mais sistemas, serviços, equipamentos e aplicações serem desenvolvidos para esse ramo.
As preocupações da TI hospitalar são similares às de outras empresas: tornar o hospital mais competitivo, aumentar a produtividade dos colaboradores e garantir a segurança dos dados dos pacientes.
Porém, como nesse setor os riscos são únicos, o mesmo vale para os desafios encontrados pelo caminho. Uma boa TI hospitalar traz uma porção de vantagens além da produtividade e da eficiência, todavia.
Ela pode facilitar o acesso a clientes que têm dificuldade com mobilidade (telemedicina), qualidade dos diagnósticos (Data Science) e aproximação das informações aos pacientes (com plataformas completas e online para acessar resultados e realizar agendamentos, além de verificar históricos de consulta).
Desafios da TI hospitalar
Mas então, como se apresentam os desafios da TI hospitalar no dia a dia? Na lista abaixo, mostramos para você quais são os principais deles e que impacto têm na rotina dos hospitais, consultórios e clínicas.
Investimento reduzido no setor
Ainda que, como mencionamos no tópico anterior, a TI tenha se tornado um aspecto muito importante para concretizar negócios, faz pouco tempo que os investimentos começaram a ser direcionados à área de hospitais e clínicas.
Por vários anos, a TI foi vista como uma maneira de ajudar a empresa a fechar acordos. Hoje, todavia, a perspectiva da maioria dos gestores é de que o setor virou um mar de oportunidades estratégicas para colocar o negócio na frente da concorrência, servindo para muito mais do que apenas manter os sistemas ativos.
A TI proativa, que busca entender os problemas dos empreendimentos e solucioná-los antes que formem uma bola de neve, é novidade no setor hospitalar. Por isso, ainda existem poucos investimentos nela. Mas você sabe como a TI proativa consegue melhorar o atendimento nos hospitais e a segurança dos clientes?
Pense, por exemplo, numa clínica que recebe pacientes com Covid-19. Ela tem todos os motivos para prezar pela redução do número de visitas in loco — diminuindo a circulação do vírus no ambiente hospitalar. Sem uma forte área de TI, essa clínica pode optar por soluções de baixa eficiência, como limitar o número de pacientes ou seguir uma agenda rígida de consultas.
Mas com a ajuda de um departamento de TI proativo, a organização faz muito mais. Consultas remotas, por exemplo, evitam qualquer contato entre pacientes com suspeita de Covid e pessoas saudáveis. Tudo precisa de uma forte TI para virar realidade, exigindo investimentos compatíveis ao que se espera do setor.
No momento, o maior desafio da TI consiste em assegurar esses investimentos. Boa parte dos hospitais ainda não tratam o departamento como ponto estratégico para a continuidade dos negócios e, assim, perdem grandes oportunidades.
Baixa capacitação de colaboradores
Para criar sistemas de telemedicina que funcionem ou implementar políticas de privacidade capazes de proteger os dados dos clientes, porém, é necessário aprendizado e conhecimento. E aí reside o segundo maior desafio na TI hospitalar no Brasil.
Com equipes pouco capacitadas, a TI da maioria dos hospitais fica sobrecarregada de trabalho e não aprende novos recursos e técnicas fundamentais para aumentar a eficácia. Há ainda o problema do tempo: quando a TI passa mais horas solucionando contratempos do que investigando suas origens, é normal que ela não consiga estimular tão fortemente o sucesso do negócio.
Elevar a capacidade dos departamentos — e, portanto, investir neles — consiste em uma das soluções para o problema. Mas ela ainda não contorna as falhas de capacitação, que devem ser atendidas com cursos, workshops e outros investimentos na formação dos membros do departamento de TI.
Pouca colaboração no departamento de TI
Há, ainda, um problema frequente de baixa colaboração entre o departamento de TI e as outras áreas do negócio. Se isso é comum em empresas tradicionais, imagine o quanto não é nos hospitais, clínicas e consultórios.
Os médicos estão frequentemente sobrecarregados — e o departamento de TI também —, tornando raros os momentos em que essas duas equipes falam sobre contratempos em comum e soluções colaborativas capazes de auxiliá-los nos dois aspectos do negócio. Com isso, perde-se diversas oportunidades de evolução.
O uso de ferramentas colaborativas, como sistemas na nuvem e recursos especialmente desenvolvidos para integrar times — como o Slack e o Microsoft Teams —, é uma das maneiras de contornar o problema e colocar ambas as equipes em contato. Mas se demanda uma mudança nas lideranças do setor hospitalar para que a TI e os demais departamentos do negócio fiquem devidamente integrados.
Como você pode notar, a TI oferece uma porção de oportunidades para os hospitais, clínicas e consultórios. Todavia, nem sempre a gestão desse departamento acontece da maneira mais vantajosa sob a ótica do negócio.
Aos gestores de hospitais, cabe garantir que a TI hospitalar tenha espaço para crescer e operar dentro do negócio de maneira ativa, não apenas solucionando problemas, mas descobrindo a raiz deles e implementando novos processos mais eficientes.
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