Afinal, o que é backbone e quais as vantagens para a sua empresa?
Com a transformação digital cada vez mais presente nas empresas, é importante priorizar formas de garantir conexões seguras, de qualidade e que possibilitem a realização do trabalho com agilidade e eficiência, usando todas as ferramentas e tecnologias necessárias para as atividades laborais. E, saber o que é backbone pode ajudar bastante nesse desafio.
Afinal, seu sistema de rede necessita estar impecável para garantir não apenas uma melhor velocidade de conexão, mas também processos mais eficientes e um desempenho de excelência.
Você já ouviu falar desse sistema? Para quem ainda não conhece o termo, mostraremos o seu significado, como ele funciona, como é feita a utilização dessa estrutura no país e como implementá-lo nas empresas. Confira!
O que é backbone?
Backbone, em inglês, significa “espinha dorsal”. Sua tradução torna o conceito bem claro. Portanto, ele é a espinha dorsal que interliga uma série de servidores que estão distantes, tal como o referido órgão do corpo, conectando diversas partes que não estão próximas.
Sua função, portanto, é conseguir realizar a comunicação entre as centrais das provedoras de Internet e de servidores externos, tanto a nível nacional quanto internacional, possibilitando o envio e recebimento de informações entre servidores, realizando o tráfego de dados.
É também sua função manter todo o ecossistema de comunicação em rede funcionando, realizando a interligação entre máquinas e servidores.
Essa troca de informações só ocorre se o equipamento da empresa conseguir fazer a transmissão pela central da provedora, seguindo pelo backbone até o servidor.
Sendo assim, o backbone é fundamental para gerar a troca de informações, permitindo que a internet gere esse grande desenvolvimento atual, bem como o uso de uma série de funcionalidades que hoje são essenciais para a maioria das organizações.
Alguns dos benefícios de utilizar uma “espinha dorsal” bem estruturada são:
- alta durabilidade da estrutura;
- redução de custos ao realizar novas instalações de rede;
- facilidade para alteração de ramais telefônicos e acréscimo de novos pontos de conexão;
- uma manutenção segura e rápida;
- prevenção de panes elétricas;
- escalabilidade de serviços;
- administração e gerenciamento otimizados do sistema;
- fluidez na circulação de dados;
- transferência de dados em diversos formatos;
- flexibilidade para mudanças físicas de pessoal;
- suporte a novas tecnologias.
De um modo geral, temos três tipos de backbones em funcionamento. Os nacionais, com a finalidade de manter a comunicação entre as diferentes regiões do país. Os backbones internacionais, responsáveis pela conexão entre países de um mesmo continente. E os intercontinentais, que ligam países de diferentes continentes.
Como o backbone funciona?
Conforme dissemos anteriormente, os backbones são responsáveis pela conectividade entre máquinas que estão longe fisicamente umas das outras, permitindo a comunicação entre dispositivos separados por um oceano. Por meio de cabos de fibra óptica instalados em todo o globo — inclusive, no fundo dos oceanos, torna-se possível enviar e receber dados entre máquinas por todo o mundo.
Vamos a um exemplo prático. Quando um cliente envia uma mensagem por chat para tirar uma dúvida sobre um produto ou serviço, a mensagem gerada no dispositivo do usuário passa pela rede local até chegar ao backbone. Após a identificação do destinatário, essa rede local recebe os dados e repassa para a sua organização, fazendo com que a mensagem chegue até sua máquina.
Para que isso ocorra sem gerar indisponibilidade, ela tende a ser redundante, fazendo com que os dados circulem por rotas físicas diferentes. Assim, o serviço se mantém ativo, mesmo que ocorra alguma falha em algum ponto físico do backbone, é possível continuar a transmissão de dados por outras vias, sem maiores problemas.
Outra forma simples de enxergar a tecnologia é pensar que toda a rede de Internet que existe hoje é conectada via cabos de fibra óptica, que compõem a infraestrutura que chamamos de backbone. Resumindo, trata-se de um sistema de cabeamento de grande alcance, que envolve inclusive o uso de cabos submarinos e terrestres.
Ademais, é importante notar que o backbone é estruturado para se dividir em redes menores, que possibilitam uma velocidade de conexão satisfatória, garantindo um melhor desempenho e disponibilidade do serviço.
Por que é importante desenhar um backbone efetivo?
O planejamento do design e implementação do backbone é uma medida de extrema importância para alcançar bons resultados dos serviços de rede. O desenho da arquitetura dessa solução tecnológica é a base para a confiabilidade do processo, com ganhos de segurança, estabilidade e performance.
Considerando que o backbone é responsável pela comunicação entre todos os elementos da rede, o desenvolvimento do seu projeto deve passar, necessariamente, pela avaliação e compreensão sobre como todos os elementos da rede se conectam.
Roteadores, servidores, switches, laptops, desktops e impressoras. As informações entre os pontos de acesso para os servidores locais e remotos são fundamentais não somente para compreensão da sua dinâmica de funcionamento, mas sobretudo para encontrar as formas mais eficientes de executá-los.
No que diz respeito à implementação física, o projeto de backbone deve ser desenhado como um diagrama de rede com todos os detalhes do seu design. É esse documento que vai guiar os engenheiros na instalação.
Entre os pontos indispensáveis para desenhar um backbone efetivo, se incluem: o mapa da rede; a quantidade, tipo e localização de todos os dispositivos na rede; a estrutura e layout do cabeamento; a arquitetura e processos de segurança de rede e a estrutura de endereçamento IP.
Como é feita a utilização do backbone no Brasil?
O primeiro backbone foi instalado no Brasil no ano de 1992 no início da internet no país. Tudo começou na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a primeira rede gerada em um ambiente acadêmico no país — um modelo linear que, aos poucos, foi evoluindo, com formatos de anéis e estrelas. O projeto interligava dez capitais brasileiras e o Distrito Federal, oferecendo conexões com capacidade de 64 kbps.
Entre as cidades contempladas estavam: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre. Outra curiosidade é que as pesquisas para a criação da rede começaram cinco anos antes, em 1988, em uma parceria entre universidades do Sul, Sudeste e dos Estados Unidos.
Com a necessidade de conexões melhores, foi criado pela Associação Brasileira de Internet um projeto chamado “Brasil Conectado a 100GB”. Seu objetivo é melhorar a conexão à Internet no país em até dez vezes, o que potencializa o atual backbone de 10Gb de dados, permitindo conexões de até 100 Gbps. Hoje, existem outros backbones em funcionamento.
Outro ponto é que a Telebrás, em busca de intensificar a conectividade entre América do Sul e Europa, está potencializando a implementação de cabos submarinos para conectar o Nordeste do país ao outro continente, em parceria com a Islalink.
Por que é importante entender sobre o backbone em TI?
Para se alinhar às premissas da era digital, que criou um cenário extremamente dinâmico e exigente, os gestores devem se aprofundar no assunto e entender qual a infraestrutura mais adequada para a realidade e características do seu negócio.
Com relação ao backbone, a equipe de TI precisa saber, por exemplo, qual a viabilidade de investir na aquisição da estrutura própria ou o investimento em serviços IaaS. Afinal, trata-se de uma aquisição de alto custo de instalação e aquisição, além de exigir a contratação de equipes especializadas.
No sistema de outsourcing de TI, a responsabilidade do “espaço” para hospedagem de servidores, roteadores e outros equipamentos, as manutenções ficam a cargo do provedor. Tudo fica interconectado em uma infraestrutura redundante, e o contratante só paga pelo que é consumido.
Quais as vantagens em utilizar uma rede nacional de fibra óptica?
Depois de entender o que é backbone, é importante compreender por que optar por uma rede nacional de fibra óptica, que faz parte da estrutura desse serviço. Veja algumas das principais vantagens a seguir.
Durabilidade
Os cabos de fibra óptica tendem a ser muito mais duráveis do que os fios de cobre. Com isso, há menor chance de indisponibilidade da rede devido a problemas físicos.
Redução de custos
Os cabos de fibra óptica têm diminuído consideravelmente seus valores ao longo do tempo, sendo uma boa opção para telecomunicações tanto em qualidade quanto em custo. Seu investimento inicial pode ser um pouco mais elevado em comparação com outras opções, mas é mais compensatório ao longo do tempo, por ser mais durável e ter menos tempo de inatividade.
Melhoria do desempenho
A fibra óptica tem a vantagem de conseguir oferecer uma maior largura de banda do que os cabos de cobre, garantindo maior velocidade e melhor desempenho.
Também podemos listar como vantagens de optar por uma rede nacional de fibra ótica:
- manutenção segura;
- flexibilidade;
- conectividade;
- escalabilidade.
Como o backbone está sendo implementado nas empresas?
Muitas empresas optam por ter seus próprios backbones dedicados, como uma forma de manter a disponibilidade constante no acesso aos servidores internos, criando uma rede segura e estável.
Em muitos casos, as organizações não podem contar com equipes internas que se dedicarão a realizar a instalação, acompanhamento e manutenção do backbone internamente. Nessas situações, pode ser necessário contar com empresas terceirizadas, com expertise neste tipo de serviço.
Normalmente esse tipo de serviço é prestado por empresas de telecomunicações, com profissionais capacitados e experientes, sendo habilitados para uma boa implementação, monitoramento e manutenção da estrutura.
A conectividade é uma peça-chave para empresas que almejam sucesso em sua trajetória na era digital. Nesse cenário, saber o que é backbone e quais as vantagens competitivas geradas por uma infraestrutura de qualidade pode ajudar seu negócio a se destacar no mercado. Para isso, é fundamental contar com uma empresa séria, responsável e que tenha ampla e qualificada prática no mercado.
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