Fique por dentro das novidades sobre a rede 6G
Em dezembro de 2024, a liberação da faixa 5G alcançou todos os municípios do país e já funciona em cerca de 820 deles, segundo reportagem do Jornal Nacional. Mas ela nem chegou a toda a população e já podemos falar de um avanço ainda maior: a chegada do 6G.
Muito esperado entre os avanços em telecomunicações, o 6G consegue oferecer suporte para que mais tecnologias sejam exploradas, funcionando mais rápido e melhor.
Neste post, entenda como ele funciona e quais as suas diferenças em relação aos modelos anteriores. Veja também quando ele deve chegar ao Brasil e quais marcas já começam a implementá-lo. Boa leitura!
Como funciona o 6G?
Quando se pensa em 6G, a principal ideia é uma conectividade ainda mais veloz que a anterior. Nesse caso, não mais na faixa dos GHz, mas dos THz. Contudo, apesar da grande expectativa, ela não deve ser alcançada da noite para o dia.
Sendo planejada desde anos atrás, por volta de 2020, a tecnologia do 6G já tem sido testada. Mas para ser implementada, é preciso a conciliação de diversos fatores. Por exemplo, é necessário haver uma infraestrutura de telecomunicações compatível, bem como a cobertura ampla.
Outros dois aspectos que também importam é onde ela poderá ser aplicada e se existirá demanda, bem como oferta, para seu uso. Nesse caso, a perspectiva é de que sim. Afinal, as pessoas têm usado tecnologias mais refinadas, que exigem mais capacidade, conforme melhoram. É o caso de soluções de inteligência artificial, realidade virtual, robôs e veículos autônomos.
Quanto a seus objetivos, ela busca mais velocidade, com a menor latência possível e a maior eficiência energética. Isso permitirá não só conectar mais o mundo e as pessoas, como também mudar o modo de vida delas.
Como é a conexão do 6G?
Sendo a sexta geração de tecnologia de conectividade sem fio, o 6G é superior. Mas quanto é isso em comparação com os modelos antigos? Descubra a seguir!
Diferença entre o 6G e o 5G
O 5G opera na faixa de 3,5 GHz, usada antigamente por antenas parabólicas e satélites. Já o 6G usa o THz, com taxa de dados de 1Tb por segundo, sendo 100 vezes mais rápido. Mas não é só isso.
Enquanto o 5G conta com taxa de latência de 1 ms, no 6G essa medida é menor que 0,1ms. Quanto à eficiência energética, o 6G também é cerca de 10 vezes melhor que o 5G.
Quanto ao uso, as duas são parecidas, mas o 6G pode melhorar as tecnologias já avançadas pelo 5G, além de suportar novas. Por exemplo:
- oferecer mais segurança para blockchain;
- permitir mais eficiência e precisão em veículos autônomos;
- evoluir a computação quântica;
- possibilitar a criação e funcionamento de cidades inteligentes.
Diferença entre o 5G e o 4G
O 5G foi um dos temas mais importantes em 2023, quando começou a chegar ao Brasil. Basicamente, ele permitiu aumentar a eficiência da conexão com internet. Isso significa que dispositivos, ao usarem o 5G, teriam capacidade de processar comandos com mais eficiência. Tudo porque, em comparação ao 4G, ele apresentava velocidade de conexão 100 vezes maior.
Outro destaque do 5G foi em relação à cobertura. Por se propagar em ondas com comprimento menor, de alcance curto, essa tecnologia também requer antenas menores para a propagação do sinal, permitindo o uso de mais transmissores, fazendo a internet chegar a locais antes inacessíveis.
Além disso, o 5G permite uma conexão de dispositivos maior ao mesmo tempo, o que influencia na adoção de tecnologias, como internet das coisas e casa inteligente. Por si mesmo, ele também possibilitou o avanço de outras tecnologias. Por exemplo, aumentar a capacidade de processamento de um banco de dados, como os usados por tecnologias de inteligência artificial.
Atualmente, ele segue em implementação. Ainda conforme a matéria do Jornal Nacional, as operadoras têm até 2029 para instalarem antenas e ativarem o sinal nos celulares. Contudo, com a chegada do 6G, pode ser que os planos e prazos mudem.
Diferença entre o 4G e o 3G
Voltando algumas décadas, é importante entender que o 1G, nos anos 1980, e o 2G, nos anos 1990, foram os primeiros experimentos no campo de redes móveis. A primeira tecnologia permitiu o funcionamento do celular, o que conectou as pessoas, mesmo com diversos problemas. Já a segunda foi a primeira opção digital, melhorando as chamadas e permitindo a criação do SMS.
Somente no final dos anos 2000, chegou o 3G, sendo um ponto de virada em relação ao que existia antes. Com ele, foi possível chegar a velocidades de 2 Mbps, o que permitiu o lançamento dos primeiros sistemas para smartphone, com o iPhone em 2007 e o Android em 2008.
Nessa época, a cobertura melhorou e também foi possível implementar mais funções nos celulares, como geolocalização e aplicativos. Foi nessa época que também chegou o streaming.
Não muitos anos depois, em 2010, o 4G chegou com muito mais estrutura, com velocidades de 100Mbps e latência inferior. Com ele, foi possível ter mais definição em vídeos e jogos. Contudo, assim como o 3G, sua infraestrutura ainda era mais cara.
Quando o 6G chega ao Brasil?
Com o 5G ainda sendo implementado, e considerando que ele apresenta uma versão avançada, o prazo para o 6G chegar ainda não é certo. Afinal, depende dos fatores que falamos acima, como a infraestrutura. Assim, a previsão mundial é de que ele possa ser implantado a partir de 2030.
Como as marcas já começaram a buscar o 6G?
Mesmo que o 6G seja uma realidade prevista para daqui a alguns anos, já existem empresas buscando adotá-lo.
Segundo a CNN, a China Mobile, maior operadora de telefonia, lançou seu satélite de testes 6G em fevereiro de 2024. Com órbita-baixa, ele conseguirá diminuir a latência na conexão. Já a Samsung apresentou um documento oficial em 2020 sobre a tecnologia.
Em 2021, a empresa já tinha pedido permissão para realizar testes no Texas, usando ondas de rádio de 12,7 GHz a 13,25 GHz, por 500 metros. Em novo teste em 2023, o alcance foi para 1Km.
Por fim, no evento IFA 2023, a empresa abordou o 6G juntamente com tecnologia de IA, que é o seu foco. Na ocasião, a empresa mostrou interesse em usar o 6G para avançar tecnologias como a realidade mista (XR), uma mistura de realidade virtual e aumentada, que permitiria, por exemplo, o uso de hologramas no dia a dia.
Quando observamos o avanço das redes móveis, seu tempo de evolução foi muito curto, especialmente a partir do 3G, com os smartphones. Agora, mal implementamos o 5G e as conversas se voltam para o desenvolvimento e aplicabilidade do 6G.
Embora esse processo seja caro e exija grande infraestrutura, ele também traz possibilidades inimagináveis, que vão mudar o modo de vida das pessoas, por meio de uma conexão mais rápida, estável, ampla e eficiente.
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