classificação tier

A importância da classificação Tier para o desenvolvimento de Data Center

É comum as empresas estarem preocupadas sobre o Data Center ideal para investir, porque se trata de uma iniciativa que envolve recursos financeiros, segurança da informação e a imagem institucional. Um bom parâmetro para avaliar a qualidade de um ambiente de TI consiste na classificação Tier.

Afinal, ela tem como principal atribuição mostrar o nível de qualidade do atendimento prestado por um provedor de serviços de Tecnologia da Informação ao gerenciar um Data Center. Sem dúvida, é um fator que deve ser analisado com bastante critério pelas companhias ao adotar o outsourcing de TI com inteligência.

Neste artigo, vamos destacar uma série de detalhes relacionados com esse modelo de classificação. A meta é ajudar você a tomar uma decisão mais qualificada ao investir em Tecnologia da Informação. Confira!

Saiba o que é a classificação Tier

Consiste em uma certificação que verifica a performance e o nível de confiabilidade da infraestrutura de um Data Center. Continua sendo bastante aplicado no segmento de TI e foi criado pelo Uptime Institute, em 1993.

A classificação Tier engloba diversas regulamentações (ANSI, EIA-492 e TIA), que estabelecem os critérios arquitetônicos, elétricos, mecânicos e de comunicação para os Data Centers atingirem um rendimento de alto nível.

Esse modelo de avaliação também abrange a disponibilidade do ambiente e a performance da infraestrutura, fatores que devem ser avaliados pelas corporações para investir em TI com qualidade.

Por isso, é essencial conhecer a classificação Tier de um provedor, pois é uma maneira de verificar a qualidade dos serviços e a capacidade de entrega. Sem dúvida, ter uma dimensão desses aspectos colabora para escolher um bom parceiro de TI.

Outro detalhe importante para compreender esse tipo de avaliação abrange o significado da palavra “tier”, de origem inglesa, que pode denominar “camada” ou “nível”. Esse fator justifica haver diferentes níveis de certificação, como o Tier I, Tier II, Tier III e Tier IV.

De acordo com Uptime Institute, os critérios analisados para definir o grau de eficiência da infraestrutura de um Data Center são:

  • performance: projeto necessita cumprir requisitos relacionados com a redundância, disponibilidade e tolerância às falhas;
  • neutralidade tecnológica: a classificação Tier se caracteriza por não estar ligada a padrões tecnológicos, o que favorece o surgimento de inovações;
  • liberdade com relação aos fornecedores: não é necessário optar por um determinado fornecedor para obter uma avaliação positiva;
  • flexibilidade: a companhia tem liberdade para cumprir os requisitos da localidade onde atua;
  • ciclo de vida: a certificação se destaca por englobar todas as demandas relacionadas com um data center;
  • certificação: a certificação apresenta um elevado grau de independência, sendo gerenciada por engenheiros especializados em TI.

À medida que um Data Center segue esses critérios, mais alta será a classificação Tier. Ou seja, mais expressiva será a infraestrutura do ambiente.

Veja como está organizada a classificação Tier

Esse modelo de avaliação está restrito somente ao Uptime Institute, única organização que pode certificar as companhias. Em virtude disso, há uma grande rigidez nas análises que seguem critérios e normas internacionais.

No Brasil, a classificação Tier não tem uma regulação própria. Mesmo assim, é adotada considerando outras normas, como a NBR 5410, NBR 15247, NBR 11515 e NBR 27002.

Com o objetivo de facilitar o seu entendimento sobre esse modelo de certificação de Data Centers, vamos mostrar as particularidades dos tipos dessa classificação. Acompanhe!

Tier I

É o mais simples de todos e mostra que a empresa atende a critérios de conformidade, sem redundância. Nesse caso, o sistema tem climatização e subsistemas para a distribuição de energia elétrica.

Para alcançar esse nível de classificação, é necessário atingir um patamar de aproximadamente 99,671% de disponibilidade das aplicações.

Com base nesse indicador, o ambiente de TI pode apresentar até 28,8 horas de paralisações por ano. Outro detalhe importante é que o Data Center deve ser desligado para a manutenção corretiva e a preventiva de caráter anual.

Tier II

Por causa do nível de complexidade, precisa suprir os parâmetros indicados na classificação anterior. O Tier II apresenta como fator positivo a presença de uma infraestrutura com redundância parcial.

Esse modelo de classificação é mais direcionado para as pequenas empresas, em que a infraestrutura é requisitada apenas no horário de expediente, o que não exige um suporte online.

Essa classificação Tier precisa atingir uma disponibilidade anual de quase 99,749%. Por causa disso, as paralisações podem atingir até 22 horas por ano.

Tier III

Além de cumprir os parâmetros do nível anterior, apresenta um grau máximo de redundância. Por isso, é bastante utilizado por organizações que precisam funcionar de forma ininterrupta e utilizar ferramentas avançadas de automação.

Em virtude desse cenário, o tempo de inatividade anual deve ser de somente 1,6 horas. Para atingir esse patamar, a disponibilidade precisa alcançar um índice de 99,98%.

Somente podem conseguir esse nível de classificação Tier, os ambientes que estão, no mínimo, a menos de 1,6km de aeroportos. Isso, com certeza, mostra o rigor adotado para obter essa certificação.

Tier IV

É o mais elevado de todos os níveis, contemplando todas as exigências dos anteriores. Tem como característica mais marcante a robustez, pois continua em funcionamento mesmo com falhas no sistema.

Além disso, apresenta redundância e vários sistemas elétricos e subsistemas, que necessitam operar de forma simultânea. Por isso, é muito utilizado por companhias multinacionais, em que as operações requisitam cuidados sem interrupções.

Em geral, essa classificação de Tier é interessante para as operadoras de cartão de crédito. Isso porque a disponibilidade precisa ser de 99,999%, permitindo apenas uma inatividade anual de 26 minutos.

Tenha foco em uma certificação reconhecida

Os provedores de Internet sabem que a disponibilidade dos serviços é peça-chave para conquistar a confiança do público-alvo e expandir a carteira de consumidores de maneira consistente.

Esse aspecto mostra como é essencial investir em uma classificação Tier que realmente proporcione mais segurança e serviços disponíveis com qualidade para os clientes. Por isso, é válido adotar um bom planejamento para investir em uma infraestrutura robusta de TI e conseguir um retorno em curto prazo.

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