Internet das Coisas e a Evolução da Infraestrutura de Rede: Desafios e Oportunidades

A troca de dados entre dispositivos físicos e softwares pelo meio digital é conhecida como Internet das Coisas (IoT). Conforme esses equipamentos são desenvolvidos, aumenta a necessidade de uma infraestrutura de rede mais robusta para dar conta dessa nova demanda. Isso significa que é preciso investir em melhorias nas telecomunicações para garantir a eficiência no uso dessas ferramentas.

A busca por infraestrutura digital robusta, segura e capaz de atender a demanda com eficácia cria diversas oportunidades para a implementação de inovações em seu próprio sistema. Se você quer saber quais estratégias podem ser usadas para melhorar o uso da infraestrutura de rede, siga a leitura e confira nossas recomendações!

Qual a influência da Internet das Coisas na evolução da infraestrutura de rede?

O mercado de Internet das Coisas vem crescendo significativamente nos últimos anos e a perspectiva é de que esse cenário continue. Segundo dados recentes, há uma expectativa para que esse setor tenha uma taxa de crescimento anual de 23,25% e atinja mais de US$ 300 bilhões em 5 anos.

Esse cenário gera impactos significativos na evolução da infraestrutura de rede. Isso porque, a partir do aumento da demanda causado pelo número de dispositivos conectados, há também uma necessidade maior de largura de banda e baixa latência.

Com isso, surgem desafios e oportunidades que precisam ser enfrentados e aproveitados. Por exemplo, será necessário investir em soluções para garantir que a infraestrutura de rede se adapte para ser mais escalável, flexível e segura.

Aí é que as inovações que vem ganhando campo, como a rede 5G e o edge computing, ajudam a oferecer uma forma de gerenciar a diversidade de protocolos e padrões de comunicação utilizados.

Quais são os desafios que precisam ser enfrentados?

Apesar de trazer soluções para diversas áreas econômicas, a IoT pode representar desafios importantes para a infraestrutura de redes. Quando você reconhece essas dificuldades, fica mais fácil encontrar caminhos para superá-las. Por isso, explicamos algumas delas em mais detalhes, a seguir:

• escalabilidade — segundo pesquisa, são previstos mais de 29 bilhões de dispositivos IoT em todo o mundo até 2030. Isso significa que será preciso fazer adaptações na infraestrutura para suportar esse elevado número de conexões, visando garantir um desempenho eficiente sem prejudicar a qualidade de serviço;

• segurança — frente aos mais de 100 bilhões de ataques cibernéticos ocorridos em 2023, também é preciso proteger a rede contra ameaças, garantindo a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade dos dados transmitidos por esse tipo de dispositivo;

• interoperabilidade — como esses dispositivos utilizam diferentes tipos de protocolos e padrões de comunicação, torna-se necessário encontrar formas de integrá-los para oferecer um funcionamento coeso e adequado;

• gestão de dados — a estimativa, de acordo com dados da Technology Scouting Research, é que o mercado de gerenciamento de dados cresça cerca de 17% ao ano até 2026, exigindo conhecimentos e ferramentas adequadas para lidar com o enorme volume de informações geradas, incluindo armazenamento, processamento e análise em tempo real.

Para superar todos esses desafios, é preciso conhecer estratégias e oportunidades proporcionadas pelas inovações na área de comunicação.

Quais as estratégias de otimização de redes podem ser implementadas?

Existem diversas estratégias que serão cada vez mais úteis para garantir a otimização das redes e evolução da infraestrutura para oferecer o suporte necessário para a crescente conectividade de dispositivos IoT. Saiba mais sobre elas, a seguir.

Implementação de redes 5G

A partir da implementação de redes 5G se torna possível superar diversos dos desafios citados. Essa solução ajuda na evolução da infraestrutura de rede ao oferecer velocidades de downloads e upload mais rápidas, além de contar com uma latência inferior a gerações anteriores, como a 4G.

Assim, representam uma excelente alternativa para oferecer o suporte necessário ao crescente número de dispositivos IoT ligados à rede, além de disponibilizarem um meio para auxiliar as aplicações que demandam respostas em tempo real, como os veículos autônomos.

Uso de Edge Computing

Quando se usa edge computing, é possível fazer o processamento de dados no local no qual eles foram gerados, nesse caso, são os dispositivos IoT. Com isso, as transferências para data centers se tornam desnecessárias.

Com essa prática, é factível alcançar diversos benefícios, como a redução da latência e da carga de tráfego na rede principal, consequentemente, resulta em respostas mais rápidas e uma alta eficiência.

Como não há transferências para centro de dados ou com o uso de redes públicas, o que melhora a segurança e reduz o risco de interceptação e ataques. Os benefícios do Edge Computing são tantos que é esperado um aumento de 30% no uso dessa solução até 2026, de acordo com a Decision Report.

Inclusão de protocolos de comunicação

Como existe a necessidade de superar os desafios ligados à interoperabilidade, é preciso utilizar protocolos específicos para IoT. Entre os principais utilizados na atualidade estão o MQTT, o AMQP e o CoAP.

Cada um deles é projetado para funcionar de maneira eficiente em ambientes de rede com recursos limitados. Assim, acabam oferecendo baixa sobrecarga de comunicação e eficiência energética.

Por exemplo, se a sua empresa opera com dispositivos que requerem comunicação de baixa largura e alta confiabilidade, adotar o protocolo MQTT pode ser uma solução adequada para superar os desafios listados neste texto.

Se você observar as necessidades do negócio e fizer a adoção de protocolos padronizados e personalizados ao que se precisa, ficará mais fácil garantir a interoperabilidade entre diferentes dispositivos e sistemas, pois isso simplifica a integração e a manutenção da rede.

Quais são as oportunidades de inovação?

Depois de conhecer as estratégias que auxiliam na evolução da infraestrutura de rede, é hora de pensar em como inovar. Veja, a seguir, algumas das oportunidades que geram benefícios para seus projetos.

Redes Mesh

As redes mesh representam uma alternativa para criar uma infraestrutura mais robusta e capaz de dar conta do aumento de demanda devido à ampliação do número de dispositivos conectados. Nelas, cada um atua como um nó que se conecta diretamente com outros, formando uma interconexão mais padronizada.

Tal tecnologia garante que os dados sejam roteados por outros caminhos quando ocorrem falhas, evitando a sobrecarga do sistema. Consequentemente, melhoram a confiabilidade e a cobertura da rede, sendo úteis em ambientes nos quais a infraestrutura tradicional é impraticável ou cara.

Esse tipo de recurso é útil em grandes organizações de saúde, especialmente na gestão de hospitais. Como todos os equipamentos devem ser constantemente monitorados para evitar problemas, as redes Mesh trazem segurança para o uso de ferramentas e para o acompanhamento dos pacientes.

Inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) também oferece várias oportunidades de inovação  quando se trata da gestão de redes. Os algoritmos de IA, por exemplo, conseguem analisar grandes volumes de dados gerados por dispositivos IoT para prever falhas, otimizar o tráfego de rede e melhorar a segurança digital. 

Essa tecnologia ainda pode ser aplicada para identificar padrões anômalos que indicam possíveis ataques cibernéticos, permitindo intervenções proativas que evitam o agravamento dos problemas. Isso garante a privacidade dos dados, especialmente de empresas que trabalham com informações sensíveis de seus clientes, tais como dados financeiros, registros pessoais, contratos e demais documentos.

Redes Definidas por Software (SDN) e Virtualização de Funções de Rede (NFV)

O uso de Redes Definidas por Software (SDN) representa uma ótima forma de permitir um controle mais flexível e eficiente da infraestrutura de rede. Nesse tipo de arquitetura, ocorre a separação na hora de fazer o encaminhamento de dados e na administração, que funciona de modo separado do hardware de rede subjacente.

Com isso, essa solução facilita a configuração e o gerenciamento, oferecendo uma abordagem centralizada e automatizada. Já a Virtualização de Funções de Rede (NFV) permite que recursos como roteamento, firewall e balanceamento de carga sejam implementadas em software. Nesse sentido, ele pode ser executado em hardware comum, sendo uma alternativa para facilitar a escalabilidade e a implementação rápida de novos serviços e funções de rede, facilitando a otimização.

Descobrir como a evolução na infraestrutura de rede é importante para o uso adequado dos dispositivos conectados à Internet das Coisas permite a implementação de medidas adequadas para a sua organização, garantindo a escalabilidade, segurança e interoperabilidade das operações cotidianas.

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